Saúde


Entenda as consequências que cada tipo de sapato pode causar na sua saúde

Técnico em baropometria (análise do caminhar) ressalta pontos que devem ser considerados na escolha do sapato

Com as temperaturas mais quentes chegando, as mulheres tendem a tirar as sandálias do guarda-roupa e começarem a usar sapatos mais abertos. Mas usar continuamente saltos finos e altos pode causar o encurtamento das fibras e dos músculos das panturrilhas, explica o técnico em baropometria (análise do caminhar) Jefferson Selaimen Machado.

Entre as consequências que o uso frequente dos saltos pode trazer,
 indica o especialista, estão as deformidades nos joelhos e nos dedos 
do pé, os problemas de postura e as dores. Se o uso do salto for 
inevitável, a recomendação é optar pelos calçados largos e quadrados,
tanto na parte anterior quanto a posterior, ou usar plataformas, além de
 revezar com um salto mais baixo.
Confira os cuidados com cada tipo de sapato:

Anabela: deve-se observar a largura da base do calçado, 
pois, se for muito estreito, existe a possibilidade de uma 
torção do pé. É importante verificar a diferença entre o 
calcanhar e a parte da frente do pé em razão da altura do salto. 
Quando a altura for superior a quatro centímetros, o pé não deve 
escorregar para frente, pois as tiras da sandália irão formar uma 
pressão no pé, diminuindo a circulação sanguínea.
 Soluções: adotar o uso de uma palmilha em gel no apoio 
da ponta dos dedos para dar absorção de impacto e firmeza ao
 pé, evitando o deslocamento para frente.

Boneca: este perfil proporciona um apoio no peito do pé, 
em geral, regulado por uma fivela, o que permite o uso em
 pés finos e mais espessos. Caso o pé se movimente, pode 
gerar pressão na tira da fivela e isso pode ser ajustado com
 o uso de uma palmilha específica para cada pé.

Peep-toe: neste tipo, a parte que segura o calçado é a 
gáspea, que circunda os dedos. Cuidado: quando utilizado
 por pés muito finos, podem ultrapassar a base que dá
 firmeza e, assim, impulsionando os dedos para frente.
 Solução: uso de uma palmilha chamada “meia pata”, 
com a finalidade de absorção de impacto no apoio das
 cabeças metatarsianas. Isso irá proporcionar mais conforto e equilíbrio.

Plataforma: aplicam-se as mesmas recomendações do tipo Anabela.
 Detalhe: na plataforma, devemos ter o cuidado com o bico do sapato,
 pois deve ser em curva para facilitar o “balanço” do pé e tornar o
 caminhar mais suave.

Rasteirinha: por ser muito baixo e com a sola muito fina, provoca
 um alongamento na musculatura e nos tendões, ocasionando dores
 nas pernas. Para os pés que têm tendência de pisada para dentro 
ou para fora isso é um agravante, pois o pé sai da sua posição 
normal dentro do calçado. Em certos casos, chega a deslocar o 
calcanhar para fora da base, gerando calos ou dores localizadas
 na região do calcâneo. É bom observar que normalmente esse 
tipo tem uma estrutura mais rígida. Solução: evitar o uso diário
 ou por período prolongado, além de fazer alongamentos com frequência.

Sapatilha: seu uso frequente requer a necessidade de alongamento.
 É um calçado fácil de colocar no pé e prática utilização no dia a dia. 
Por ter a gáspea mais elevada, permite a utilização de palmilhas.
 Por outro lado, por ser rasteiro, não é indicada a utilização por
 período prolongado.

Scarpin: é recomendado que a parte traseira, área que acomoda
 o calcanhar, seja mais fechada para dar maior firmeza no 
caminhar. Há limitações para ajustes com palmilha, pois os
 calçados fabricados em grande escala não comportam o uso
 desse acessório que, em geral, têm entre cinco e seis milímetros 
de altura.

Stiletto: é importante observar que este tipo exige um ótimo


 tônus muscular para manter o equilíbrio corporal, em razão

 do salto. Caso contrário, há uma facilidade de torção, devido
 ao fato de limitar a área de contato com o solo. Há dificuldade
 de ajuste com palmilha personalizada.

Salto com bico fechado: é um sapato elegante, porém, requer
 um cuidado: quando o pé escorrega para frente, pode provocar
 vários tipos de dores, até mesmo o joanete. Se o pé escapar do
 calcanhar, poderá provocar bolhas pelo atrito gerado na região
 do calcâneo. É um calçado mais difícil de ser ajustado com o 
uso de palmilhas por
 ser muito “decotado” e, ao mesmo tempo, tem menos espaço
 para colocação de uma palmilha.


Descubra o que é a anorexia emocional


Anorexia é o distúrbio alimentar que traz sérias complicações à saúde por causa da busca pela magreza excessiva. A palavra vem do grego "anorexia", que é formada por "A" - negativo - mais "orexis" - "apetite, desejo", o que significa a negação do desejo, do apetite.
Apesar de fazer referência à alimentação, a palavra vem sendo empregada também para definir um outro contexto: o das pessoas que têm extrema dificuldade de estabelecer vínculos afetivos, chegando a apresentar, inclusive, uma fobia social. E a classificação para isso, segundo especialistas, é "anorexia emocional".
As características desse tipo de problema costumam ser a extrema dificuldade da pessoa se envolver, dar e receber amor, afeto ou carinho. O termo anorexia emocional pode parecer bem estranho, a princípio, e não é uma doença reconhecida no Manual Diagnóstico e Estatístico dos Transtornos Mentais. Mas especialistas de diferentes áreas a classificam como uma desordem compulsiva em dar e receber que, neste caso, é o do afeto.Segundo Lygia Merini, psiquiatra com extensão em Pesquisa Clínica pela Universidade de Harvard, dos Estados Unidos, o problema não é reconhecido pela medicina, mas tem sido utilizado habitualmente em textos não técnicos. E isso pode ser notado especialmente quando há trabalhos ligados a grupos de autoajuda, conhecidos como D.A.S.A. (Dependentes de Amor e Sexo Anônimos).
"Quando falamos em anorexia emocional, falamos de indivíduos que se privam de forma patológica [doentia] das relações interpessoais, da formação de vínculos", ressalta Lygia. "[A anorexia emocional] É como uma blindagem emocional. Ela evita criar vínculos afetivos, isolando-se em seus sentimentos por um medo paralisante de ser abandonado, criticado, não retribuído. Abster-se do prazer para evitar a dor. A nomenclatura anorexia emocional não é reconhecida como classificação diagnóstica pela psiquiatria, mas define bem uma desordem compulsiva em evitar o "dar e receber".
No caso dos anoréxicos emocionais, a pessoa nega a nutrição social, emocional e sexual", analisa Triana Portal, psicoterapeuta e psicóloga clínica pela Universidade de São Paulo (USP).Por sua vez, de acordo com o psicanalista especializado em relacionamentos amorosos e em mudança de hábitos, Sergio Savian, o termo é recente e vem sendo utilizado para definir pessoas que têm essa dificuldade para se relacionar amorosamente. "Alguns simplesmente se isolam, fugindo de qualquer contato. Já outros fazem um verdadeiro "rodízio sexual", e, no final das contas, não estabelecem vínculo com ninguém.
Com o evento da internet e dos smartphones, a situação piora, pois muitas pessoas trocam o contato real pelo virtual. E isso nos coloca ainda mais afastados da emoção", analisa o psicanalista que também é autor dos livros "Manual do Êxtase e Amor" e "Sedução para a Mulher do Século XXI".As razões para essa anorexia emocionar surgir, aponta o psicólogo Thiago de Almeida, podem ser por causa de algum trauma sofrido na infância relacionado a sentimento, abandono ou mesmo ruptura. "Daí pode surgir essa insegurança, baixa autoestima, o medo de relacionar-se e não ser correspondido, ou ainda de ser abandonado", opina ele, que é especializado em dificuldades encontradas em relacionamentos amorosos como ciúme, infidelidade, timidez e sexualidade.No entanto, é preciso, antes de mais nada, ressaltar o que diferencia um quadro de anorexia emocional de um caso de timidez quando o assunto são as relações amorosas. Isso porque a timidez é um padrão de comportamento no qual um indivíduo tem dificuldades de se expressar socialmente, mas acredita nas emoções e quer vivenciá-las. "Muitas pessoas sentem-se atraídas por quem é tímido, existe até certo charme por trás da timidez.
Já quem tem anorexia emocional também pode ser tímida, mas ao contrário dessas, não quer ou tem medo de se relacionar. Há de fato uma rejeição em demonstrar os sentimentos e evita-se vínculos emocionais", explica Thiago que também é autor dos livros "A arte da Paquera - Inspirações à realização afetiva", "Sexualidade, cinema e deficiência" e "Ciúme e suas consequências para os relacionamentos amorosos"


Entenda as causas e como evitar uma hérnia de disco


A hérnia de disco lombar é uma doença bastante frequente e pode causar dores muito severas, que muitas vezes, levam o paciente a procurar um Pronto Socorro. Mas você sabe o que vem a ser a hérnia de disco? 

A coluna vertebral é composta por vértebras, pelo interior das quais há um canal por onde passa a medula espinhal ou nervosa. Entre as vértebras da coluna estão os discos intervertebrais, que são estruturas em forma de anel com a função de amenizar o atrito entre uma vértebra e outra e amortecer o impacto.

Com o tempo, esses discos sofrem desgaste, facilitando a formação de hérnias de disco, que é quando um disco sai da posição normal e comprime as raízes nervosas que passam pela coluna. A região lombar é uma das mais expostas ao movimento e suporta muita carga, por isso a hérnia de disco lombar é tão comum.

Existem diversas causas para a hérnia de disco lombar

Predisposição genética é um dos principais fatores que causam o aparecimento deste problema. Por isso, se na sua família alguém já teve hérnia de disco lombar, fique atento. O envelhecimento, pouca atividade física e tabagismo também contribuem para o aparecimento de hérnias de disco lombar. Carregar ou levantar muito peso também comprometem a integridade dos músculos que sustentam a coluna e podem estar entre as causas da doença.

Recomendações para evitar o aparecimento de hérnias de disco lombar

Evitar os fatores que contribuem para o aparecimento da doença é essencial: procure não carregar muito peso, evite ingerir muita bebida alcoólica e cigarro, e pratique exercícios físicos com cuidado e acompanhamento.

Quando estiver sentado ou em pé, busque manter a postura correta. Na correria do dia-a-dia, é muito fácil se descuidar da postura. 

Se você trabalha sentado, procure fazer intervalos de cinco a dez minutos em pé e dê pequenas caminhadas.

Ao sentir dor ou notar qualquer sintoma que pode indicar a ocorrência de uma hérnia de disco lombar, procure um médico.


Enfermeiras americanas anunciam greve por mais proteção contra Ebola



O sindicato de enfermeiras mais importante dos Estados Unidos convocou uma greve nacional para a segunda semana de novembro para exigir que os hospitais adotem medidas de proteção máxima no tratamento de pacientes com Ebola.
"Diante da negativa dos hospitais no país de levar a sério a necessidade de implementar medidas de máxima precaução, se um paciente com Ebola chegar de urgência, as enfermeiras devem fazer ouvir sua voz um pouco mais forte", declarou em uma nota a responsável pelo Sindicato Nacional das Enfermeiras, RoseAnn DeMoro.
Cerca de 100 mil profissionais no país - sendo 50 mil apenas na Califórnia - devem participar desta mobilização em 11 e 12 de novembro próximo, segundo DeMoro.
O sindicato da categoria quer que todos os hospitais adotem "o nível de segurança mais elevado" para o pessoal sanitário, com trajes que cubram o corpo totalmente e máscaras.
Pede-se ainda uma formação "contínua e rigorosa" no manejo desses equipamentos e no protocolo de cuidado dos doentes contagiados.
O sindicato protesta desde o início de outubro, depois que duas enfermeiras de um Hospital de Dallas, no Texas, foram contaminadas, cuidando de um liberiano que viajou para os EUA.
As enfermeiras Amber Vinson e Nina Pham estão curadas.


Após realizar último desejo, jovem decide 'adiar' morte

Sofrendo com um câncer terminal, a americana Brittany Maynard, de 29 anos, havia decidido colocar fim à sua vida neste sábado (1º de novembro).
Ela também havia decidido que antes de morrer completaria uma lista de coisas que sonhava em fazer. Mas, depois de realizar o último desejo da lista há poucos dias, - ela visitou o Grand Cânion com seus pais e o marido - ela decidiu esperar um pouco mais para morrer.
Em um vídeo divulgado em seu blog, a americana deixou em aberto a data de sua morte.
"Ainda me sinto bem o suficiente e ainda tenho alegria o suficiente. Ainda dou risada com a minha família e amigos e apenas não me parece que seja a hora certa agora."
"Se chegar o dia 2 de Novembro e eu tiver morrido, espero que a minha família ainda esteja orgulhosa de mim e das decisões que tomei", afirmou.
"Mas se chegar o dia 2 de novembro e eu ainda estiver viva, simplesmente vamos seguir e continuar como uma família, cheios de amor uns pelos outros e essa decisão vai chegar mais para a frente."
Ainda assim, Brittany vê seus dias chegando ao fim. "Vai acontecer, porque eu sinto todos os dias que estou ficando mais e mais doente."

Sonho

Alguns dias antes de desistir da data prevista para sua morte, Brittany realizou o sonho de visitar o Grand Cânion com sua família.
"Tive a oportunidade de desfrutar meu tempo com as coisas que mais amo na vida: minha família e a natureza", afirmou a jovem em seu blog.
A experiência, no entanto, não foi totalmente positiva porque, como ela disse, "é impossível esquecer do meu câncer".
Britanny Maynard (AP)
Aos 29 anos, a americana Brittany Maynard decidiu dar fim à própria vida após descobrir câncer cerebral
"As fortes dores na cabeça e no meu pescoço estão sempre por perto. E, infelizmente, tive a pior convulsão até agora. Fiquei sem falar por tempo, até retomar a consciência. "
No mesmo texto, a americana diz que seu sonho é que todos que sofrem de doenças terminais possam morrer da maneira que desejarem.

Eutanásia

A história de Brittany vem tendo uma grande repercussão nos Estados Unidos, onde ganhou fôlego o debate sobre a eutanásia.
A jovem e seu marido se mudaram da Califórnia para o Estado do Oregon - um entre cinco Estados americanos onde o suicídio com assistência de médicos é permitido.
Após se estabelecer como residente no local, ela teve de provar que tem menos de seis meses de vida.
Agora, a paciente possui uma receita médica para as drogas que usará para morrer.
Em seu primeiro artigo, que foi amplamente compartilhado nas redes sociais, ela contou que pretendia tomá-las no dia 1º de novembro, dois dias após o aniversário de seu marido.
Brittany Maynard (Reprodução The Brittany Maynard Fund)
Em um vídeo online, Maynard diz querer morrer nos seus 'próprios termos'
Brittany compartilhou sua experiência com a entidade sem fins lucrativos Compassion & Choices, que faz pressão por uma legislação que legalize a eutanásia.
O especialista em bioética Arthur Caplan diz que a história de Maynard tem o potencial de mudar a forma como muitas pessoas, particularmente os mais jovens, vêem a questão.
"Uma geração inteira está agora olhando para Brittany e se perguntando por que seus Estados não permitem que médicos receitem doses letais de drogas para quem está morrendo", Caplan escreveu para a BBC News.
"Brittany está tendo e terá um grande impacto sobre o movimento para que medidas sejam apresentadas a eleitores e legisladores".
Capla acredita que opiniões em torno da questão do suicídio assistido podem mudar rapidamente, da mesma forma como mudaram em relação ao casamento entre homossexuais.

País registra 789 casos de chikungunya, segundo o Ministério da Saúde



O Brasil já registrou 789 casos de febre chikungunya transmitidos dentro do país, segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde.
Três Estados apresentaram casos da doença, que tem os mesmos vetores e sintomas da dengue.
Desses casos, chamados de autóctones, 330 foram registrados no município de Oiapoque (AP). Na Bahia foram registrados 371 casos em Feira de Santana, 82 em Riachão do Jacuípe, dois em Salvador, um em Alagoinha, um em Cachoeira e um em Amélia Rodrigues. Também foi registrado um caso em Matozinhos (MG), além de 39 pessoas que tiveram o diagnóstico da doença, mas foram contaminadas fora do país.
Na maioria dos casos de febre chikungunya, o paciente não precisa ser internado. Ele é tratado em casa, com remédios para aliviar dores e febre, conforme recomendação médica.
Segundo o Ministério da Saúde, para evitar a transmissão do vírus, é fundamental que as pessoas reforcem as ações de eliminação dos criadouros dos mosquitos. As medidas são as mesmas para o controle da dengue, ou seja, evitar água parada.



Ebola

O Ebola é um vírus altamente infeccioso que pode atingir uma taxa de mortalidade de até 90%.
MSF é a organização humanitária com maior experiência no tratamento de pacientes com Ebola e começou a atuar prontamente na África Ocidental,  antes mesmo do surto ser oficialmente declarado.
O vírus tem cinco cepas (origem ou linhagem). O mais letal deles, chamado  Zaire, é predominante na epidemia, que desde março de 2014 atinge a África Ocidental e é considerada a maior da história. Entre março e outubro, quase cinco mil pessoas morreram e a epidemia está longe de estar controlada.
Médicos Sem Fronteiras (MSF) é a organização humanitária com maior experiência no tratamento de pacientes com Ebola e começou a atuar prontamente na África Ocidental,  antes mesmo do surto ser oficialmente declarado.
Ao longo dos primeiros sete primeiros meses da epidemia, MSF montou seis centros de tratamento de Ebola – dois na Guiné, dois na Libéria e dois em Serra Leoa – e mobilizou mais de 3.300 profissionais.  Esses centros receberam mais de 4.900 pacientes, dos quais cerca de 3.200 foram confirmados com a doença. Entre essas pessoas, aproximadamente 1.100 sobreviveram. MSF também enviou mais de 877 toneladas de suprimentos médicos nesse período.
MSF já havia tratado centenas de pessoas afetadas pelo Ebola em Uganda, no Congo, na República Democrática do Congo, no Sudão, no Gabão e na Guiné. Em 2007, MSF conteve completamente uma epidemia de Ebola em Uganda.

Fatos: Origem e estatísticas sobre o vírus
A primeira vez que o vírus Ebola surgiu foi em 1976, em surtos simultâneos em Nzara, no Sudão, e em Yambuku, na República Democrática do Congo, em uma região situada próximo do Rio Ebola, que dá nome à doença.
Morcegos frutívoros são considerados os hospedeiros naturais do vírus Ebola. A taxa de mortalidade do vírus varia entre 25% e 90%, dependendo da cepa.

Primeiramente, o vírus foi associado a um surto de 318 casos de uma doença hemorrágica no Zaire (hoje República Democrática do Congo), em 1976. Dos 318 casos, 280 pessoas morreram rapidamente. No mesmo ano, 284 pessoas no Sudão também foram infectadas com o vírus e 156 morreram.

Há cinco espécies do vírus Ebola:
•   Bundibugyo, Costa do Marfim, Reston, Sudão e Zaire, nomes dados a partir de seus locais de origem. Quatro dessas cinco cepas causam a doença em humanos. O vírus Reston pode infectar humanos, mas nenhuma enfermidade ou morte foi relatada.

Como é Transmitido o Vírus Ebola?
O Ebola pode ser transmitido por animais e humanos. Não é uma doença transmitida pelo ar. A transmissão de humanos para humanos se dá por meio do contato com sangue, secreções ou outros fluidos corpóreos de uma pessoa infectada com Ebola e somente quando o paciente apresenta sintomas da doença.
O contato direto com cadáveres, durante os rituais fúnebres, por exemplo, é uma das principais formas de transmissão da doença. Os funerais são práticas importantes nas comunidades afetadas por essa epidemia e  envolvem pessoas tocando e lavando o corpo, em demonstração de amor à pessoa falecida. Nas últimas horas antes da morte, o vírus se torna extremamente contagioso e, por isso, o risco de transmissão a partir do cadáver é muito maior. Por essas razões, garantir a segurança dos funerais é parte crucial da administração de um surto.
Frequentemente, profissionais de saúde e agentes comunitários locais são infectados enquanto tratam pacientes com Ebola, especialmente no início de uma epidemia. Isso acontece por meio do contato próximo com os doentes sem o uso de luvas, máscaras ou óculos de proteção.
A aparição da doença é relacionada a relatos de infecção pelo manejo de chimpanzés, gorilas, morcegos, macacos, antílopes e porcos-espinhos infectados encontrados mortos ou doentes na floresta.

“Eu estava coletando amostras de sangue de pacientes. Nós não tínhamos equipamentos de proteção suficientes e eu desenvolvi os mesmos sintomas. No dia 19 de novembro de 2007, recebi a confirmação do laboratório. Eu havia contraído Ebola”. Kiiza Isaac, um enfermeiro ugandense.
Quais são os sintomas da doença?
No início, os sintomas não são específicos, o que dificulta o diagnóstico. Confira alguns sintomas que frequentemente caracterizam a doença:
•    Febre repentina;
•    Fraqueza;
•    Dor muscular;
•    Dores de cabeça;
•    Inflamação na garganta.
Após os sintomas iniciais, o infectado apresenta um quadro com vômitos, diarreia, coceiras, deficiência nas funções hepáticas e renais e, em alguns casos, sangramento interno e externo.

Os sintomas podem aparecer de dois a 21 dias após a exposição ao vírus. Alguns pacientes podem ainda apresentar erupções cutâneas, olhos avermelhados, soluços, dores no peito e dificuldade para respirar e engolir.

Como Diagnosticar o Vírus Ebola?
Diagnosticar o Ebola é difícil porque os primeiros sintomas, como olhos avermelhados e erupções cutâneas, são comuns.

As infecções só podem ser diagnosticadas definitivamente em laboratório, após a realização de cinco diferentes testes.

Esses testes são de grande risco biológico e devem ser conduzidos sob condições de máxima contenção. As transmissões de humano para humano ocorrem devido à falta de vestimentas de proteção.

“Agentes de saúde estão, particularmente, suscetíveis a contraírem o vírus, então, durante o tratamento dos pacientes, uma das nossas principais prioridades é treinar a equipe de saúde para reduzir o risco de contaminação pela doença enquanto estão cuidando de pessoas infectadas”, afirma Henry Gray, coordenador de emergência de MSF durante um surto de Ebola em Uganda em 2012.

Os profissionais não entram em contato direto com os infectados e usam equipamentos de segurança que vão de botas a óculos de proteção. Parte dos paramentos é incinerada após a saída da área de isolamento

Tratamentos Disponíveis para a Doença
O tratamento padrão para a doença limita-se à terapia de apoio, que consiste em hidratar o paciente, manter seus níveis de oxigênio e pressão sanguínea e tratar infecções que possam aparecer.
Apesar das dificuldades para diagnosticar o Ebola nos estágios iniciais da doença, aqueles que apresentam os sintomas devem ser isolados e os profissionais de saúde pública notificados. A terapia de apoio pode continuar, desde que sejam utilizadas as vestimentas de proteção apropriadas até que amostras do paciente sejam testadas para confirmar a infecção.
“O maior desafio é tentar oferecer o melhor tratamento sem ter muitos recursos pra isso. É muito difícil ter de lidar com os pacientes com tanta limitação. Limitação de trabalhar fora de uma estrutura de hospital, de tempo com o paciente, porque não conseguimos ficar muito tempo com a roupa que é muito quente, de estrutura para fazer exames laboratoriais.  É muito complicado fazer exames. Não podemos levar equipamentos para dentro do centro porque não dá para levá-los para nenhum outro local depois, pois eles estariam contaminados”, explica o médico generalista brasileiro, Paulo Reis.
Uma vez que um paciente se recupera do Ebola, ele está imune à cepa do vírus que contraiu.
O fim de um surto de Ebola apenas é declarado oficialmente após o término de 42 dias sem nenhum novo caso confirmado

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